quinta-feira, 29 de novembro de 2012

2º mês de recuperação


Já lá vão 2 meses que fui operada, estou muito feliz por o ter feito, embora já houve alturas que me senti muito em baixo por não poder fazer as coisas que eu estava habituada a fazer, torna-se frustrante.
Dar gargalhadas, tossir e até espirrar para mim é como me arrancassem tudo de uma só vez, qualquer uma destas coisas quando o faço as lágrimas correm-me logo pela cara, porque realmente dá dores terríveis. Tive que aprender a controlar as minhas emoções para poder ter menos dores, quando diziam uma piada eu só podia sorrir não podia dar uma gargalhada, custou imenso começar a controlar-me, porque sempre adorei rir, mas consegui.
Neste mês, ainda sinto dores na coluna, mas nada de outro mundo, só doía quando eu me esforçava mais um pouco, como andar durante muito tempo, estar sentada durante muito tempo, embora já aguentasse mais tempo, continuava com esse obstáculo, mas nada que com o tempo não conseguisse voltar ao normal.
O frio nesta altura faz com que sinta mais dores e me prenda mais os movimentos, há quem diga que é temporário, que daqui a um algum tempo não irei sentir isso, mas também há quem diga que não irá passar, vamos lá ver como vai ser.
As dores são um pouco menores, existe ainda o incómodo de andar de carro, tenho dificuldade em entrar no carro, eu faço assim, coloco o rabiosque primeiro no banco, arrasto-o um pouco mais para o meio do banco com a ajuda das pernas, coloco a cabeça para dentro do carro e por fim meto as pernas para dentro, parece complicado, mas é muito melhor do que colocar os pés primeiro como toda a gente faz. O mais incrível é que dói mais se tivermos ao lado do condutor do que ser o condutor, eu comecei a conduzir no 2º mês, já tinha imensas saudades, as únicas dificuldades que tive foi conseguir olhar nos cruzamentos e olhar para trás sem o espelho retrovisor, por isso, aconselho a andarem sempre acompanhadas para quando não conseguirem a pessoa que estiver convosco vos ajudar.
Ainda não dá para fazer nada em casa como passar a ferro, varrer o chão, aspirar a casa e fazer as camas. As únicas coisas que consigo fazer é lavar a louça, quando é pouca, colocar a roupa na máquina e estender a roupa, nada de pagar na bacia cheia de roupa, eu coloco um banco ao lado da máquina de lavar e agacho-me (já me agacho bem, sempre com a coluna ereta só fletindo as pernas, não me dá dor nenhuma) e conforme vou tirando a roupa meto logo no banco e assim quando for estender a roupa eu chego perfeitamente à roupa sem ter que fazer qualquer tipo de esforço.
De agora em diante, cabeça erguida e vida normal (tal como o médico me disse quando me deu alta, só não posso correr, nem nada de esforços),acabou aquele medo e vergonha de as pessoas me olharem como antes e comentarem (mesmo comigo a andar como um robô e muito devagar, por enquanto), quando passo por alguém já não me acompanham com o olhar o que isso é muito bom.

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